domingo, 4 de novembro de 2007

3.300 pessoas morrem todos os dias

23/04/2007 - 13h00Cerca de 3.300 pessoas morrem todos os dias em acidentes de trânsito, diz ONU
Genebra, 23 abr (EFE) - Aproximadamente 3.300 pessoas morrem todos os dias de traumatismos causados por acidentes de trânsito e, deste total, uma média de 1.049 tem menos de 25 anos, alertou a ONU, que comparou estes números às vítimas fatais deixadas por doenças como malária e tuberculose.Por ocasião da primeira Semana Mundial de Segurança Viária, a partir de hoje começam no mundo todo atividades com o objetivo de conscientizar a população de que os acidentes de trânsito podem ser evitados e buscar formas de reduzir sua incidência.A ONU decidiu dedicar atenção especial ao problema que estes acidentes representam entre os jovens de todo o mundo, pois os desastres de trânsito são a primeira causa de morte entre os de 15 a 19 anos e a segunda entre os de 10 a 14 e os de 20 a 24, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).Todos os dias, uma média de 1.049 jovens morrem nas estradas, um número para o qual a ONU decidiu chamar a atenção soltando vários balões brancos do Palácio das Nações Unidas de Genebra.No entanto, uma das atividades mais inovadoras das que vão acontecer na sede européia da ONU é uma "Assembléia Mundial de Jovens sobre Segurança Viária", uma reunião de dois dias que, pela primeira vez, terá a participação de mais de 400 jovens de vários países, assim como de ONGs e observadores de todo o mundo.A presidente da assembléia, Nelly Ghusayni - uma libanesa de 21 anos -, defendeu hoje que é necessário contar com os jovens na hora de planejar as campanhas de prevenção."As (campanhas) feitas pelos adultos algumas vezes não conseguem nos alcançar", disse a jovem. A libanesa pediu ainda que seja organizada uma Conferência Mundial da ONU sobre Segurança Viária.O vice-presidente da Comissão Européia (CE) e responsável de Transportes, Jacques Barrot, que também participa da assembléia, apoiou a idéia da conferência ministerial.A conferência "ajudaria a erradicar mais uma forma de violência, a violência viária, algo que faz parte da função das Nações Unidas, e que seria extremamente útil para potencializar uma mobilização geral", afirmou Barrot."A violência viária é tão dramática como a militar" e, caso não sejam tomadas "medidas em nível mundial, os acidentes de estrada se tornarão em breve a terceira causa de morte no mundo", disse o vice-presidente da CE.Em 2002, cerca de 1,2 milhão de pessoas morreram nas estradas - das quais mais de 400 mil tinham menos de 25 anos-, e entre 20 e 50 milhões ficaram feridas, de acordo com a OMS.O diretor da organização para a Prevenção de Ferimentos e Violência, Etienne Krug, também considerou "uma grande idéia" a realização de uma conferência mundial sob a supervisão da ONU, e lembrou que já existem reuniões semelhantes sobre meio ambiente e saúde."Seria conveniente que existisse uma plataforma que reúna todos os responsáveis nacionais relacionados com a segurança viária para que troquem suas idéias e melhores práticas", afirmou Krug.O diretor da Divisão de Transporte da Comissão da ONU para a Europa, José Capel-Ferrer, acrescentou que os maiores beneficiados seriam os países de baixa e média renda, que poderiam aprender sobre as melhores práticas que são realizadas nos mais desenvolvidos.Ainda sobre este aspecto, Krug chamou a atenção para a diferença do tipo de vítimas jovens que os acidentes de estrada deixam, que estaria ligada ao grau de desenvolvimento dos países."Enquanto nos desenvolvidos mais da metade dos acidentes afeta jovens de 20 a 25 anos, que dirigiam ou estavam dentro do veículo acidentado, nos de renda menor a maioria das vítimas são crianças de 5 a 9 anos, que foram atropeladas", disse Krug.Por isso, os especialistas afirmam que, embora seja necessário uma mobilização global, cada país deve estudar sua própria situação e adotar medidas de prevenção específicas.Segundo Barrot, as medidas mais eficazes na Europa são combater e punir o excesso de velocidade e a direção sob o efeito de álcool ou drogas, assim como incentivar o uso do cinto de segurança e do capacete.

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