segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Violência no trânsito não é acidente

Assessoria de Imprensa Perkons
O consultor em segurança no trânsito, Fernando Pedrosa, avalia as manifestações que marcaram o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito

Curitiba centralizou neste domingo (15) o Dia Mundial em Memória das Vitimas de Trânsito no país. Milhares de manifestantes se reuniram no Parque Barigui pela paz e segurança no transito, mas, principalmente, para reivindicar o fim da impunidade.
No Rio de Janeiro as manifestações acontecem no Posto Seis do Forte de Copacabana e foi marcada por uma celebração plurirreligiosa.
''O evento foi emblemático. Mostrou como a sociedade mobilizada pode transformar um grande evento de manifestação pública em uma celebração em defesa da vida'', afirma o consultor de segurança no trânsito, Fernando Pedrosa.
O mais importante, para o consultor, é que essas manifestações públicas demonstram que a sociedade está começando a ter consciência de que a violência no trânsito não é acidente. ''É previsível e como tudo o que é previsível pode ser evitado'', diz. Outro ganho é que o cidadão está descobrindo a força da união como ferramenta de cobrança e de participação pelo fim da impunidade no trânsito.
As manifestações foram organizadas pela associação Trânsito Amigo, do Rio de Janeiro, que reúne parentes e amigos de vitimas de trânsito.
Curitiba foi escolhida por ter sido palco do acidente envolvendo o ex-deputado estadual, Fernando Ribas Carli Filho, que matou dois jovens ao dirigir em alta velocidade. Pela gravidade do acidente, ex-deputado foi indiciado por duplo homicídio qualificado com dolo eventual. ''É um fato raro no país e que pode representar uma mudança de paradigma no tratamento das questões que envolvem a violência no trânsito'', diz Pedrosa.
O Dia Mundial em Memória às Vitimas de trânsito foi instituído pela ONU em 2005 e é comemorado todo terceiro domingo de novembro. O objetivo é criar um compromisso formal para definições de políticas públicas e ações efetivas em defesa da segurança no trânsito.
O símbolo da campanha deste ano é o "Laço da Solidariedade no Trânsito", criado e oferecido pela Perkons. Este laço foi transformado em um bóton para ser usado para representar um compromisso com a segurança no trânsito brasileiro e o significado de ''Eu vou fazer a minha parte''.

Confira abaixo entrevista com o consultor em Segurança no Trânsito, Fernando Pedrosa.

Como você avalia o tratamento dado ao tema trânsito hoje em dia: há mais espaço na mídia? O assunto começa a ser tratado como um tema prioritário em relação à definição de políticas publicas para redução de acidentes?
Sem dúvida o tema trânsito tem recebido mais atenção. Não só por parte das autoridades, mas, principalmente, por parte da própria sociedade, que é quem acaba pagando a pesadíssima conta da violência gerada.

Ao que você atribui isso?
Em primeiro lugar ao próprio Código de Trânsito Brasileiro, promulgado em setembro de 1997, que promoveu uma profunda revisão nas normas de circulação, privilegiando a vida acima de tudo. Depois, ao insubstituível papel dos meios de comunicação que passaram a pautar em seus noticiários não só os registros de acidentes, mas a discussão de suas causas. Por fim, a vigência da LEI SECA com seus resultados imediatos e pontuais em termos de redução de registros de ocorrências, mortes e lesões.

Quais os fatores que estão levando a esta mudança?
Não tenho dúvida de que o principal fator é a conscientização. O cidadão descobriu que a solução desse grave problema de saúde pública está rigorosamente em suas mãos. Ele percebeu que o que mata e fere tanta gente no Brasil é algo perfeitamente previsível e, por isso mesmo, evitável. Também descobriu que é possível reverter tanta violência apenas mudando de atitude. Não só a atitude do cidadão negligente ilegal, mas também a atitude da autoridade negligente.

Em sua opinião, o que precisa ser feito para mudar a realidade do trânsito brasileiro?
Compromisso. Falta ao Brasil o que já acontece em muitos países como, por exemplo, a França, Portugal, Japão e EUA.
Precisamos de políticas públicas consistentes, campanhas educativas e de informação pertinentes, regras e normas que acompanhem a evolução do sistema de trânsito, fiscalização permanente e punições justas e céleres.

O que falta ao motorista?
Senso de autopreservação. A convicção de que o trânsito, por ser o maior espaço democrático do mundo, mistura a um mesmo ambiente cidadãos cuidadosos e outros nem tanto. É importante registrar que a esmagadora maioria dos condutores brasileiros é consciente e respeitadora da lei. Apenas 7% dos mais de 45 milhões de motoristas habilitados são infratores contumazes (mais de 5 infrações por ano). O problema é que essa pequena parcela é extremamente agressiva e letal. Para esses, só há uma solução. Fiscalização e punição.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Motorista sem braço passa no teste de direção

Próteses 'inteligentes' transformam comando cerebral em impulso elétrico.
Christian Kandlbauer perdeu membros superiores há 4 anos em acidente.

Após perder os braços em um acidente de trabalho há quatro anos, o austríaco Christian Kandlbauer, de 22 anos, já pode dirigir novamente graças aos seus membros artificiais controlados pelo poder da mente.

"Dirigir é muito importante para mim", disse ao “Daily Mail” o jovem, que agora dirige em um carro modificado para portadores de deficiência, depois de passar no teste de direção na semana passada. "Mas agora eu também posso beber um copo de cerveja sem precisar de um canudo. Isso é impressionante!”, comemorou.

Usando os nervos que antes controlavam seu corpo saudável, o ex-mecânico tem só que pensar no que gostaria que seus braços fizessem para que o comando seja obedecido.

O pensamento de seu cérebro cria um impulso elétrico particular nas terminações nervosas no local da amputação. E esse impulso, por sua vez, é captado por ligações elétricas para os braços artificiais, que respondem ao impulso específico e assim fazem com que eles se movam como Kandlbauer quer.

O jovem perdeu os braços após ser eletrocutado por uma carga de 20 mil volts, em setembro de 2005. Há dois anos, foi o primeiro paciente do mundo a receber esse tipo de membros artificiais 'inteligentes'. Para isso, teve de passar por uma complexa cirurgia em que seus nervos foram reordenados.

“Após essa operação de transferência de nervo selecionado, os sinais que antes eram responsáveis pelo controle do braço passaram a ser usados para controlar a nova prótese”, informou a companhia de saúde Otto Bock, que criou os membros artificiais inteligentes em conjunto com cientistas de Viena.

"Os eletrodos instalados no soquete da prótese respondem a esses sinais de controle. Quando o usuário envia sinais de movimento, uma análise eletrônica complexa no interior da prótese converte os sinais e reconhece os movimentos que o usuário gostaria de fazer", explicou a empresa ao “Daily Mail”.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Onde vão colocar tantos veículos?

Produção de veículos sobe 15,7% em outubro. Mês registrou 315.956 unidades fabricadas contra 273.027 em setembro. Caminhões, exportações e aumento dos estoques puxaram a produção.

A produção nacional de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), registrou alta de 15,7% no mês de outubro, quando saíram das linhas de montagem 315.956 unidades, contra as 273.027 fabricadas em setembro. Em relação a igual mês do ano passado, o crescimento foi de 6,3%, quando foram fabricadas 297.229 unidades. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (9) pela Anfavea ( Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

O resultado representa a recuperação da produção de caminhões e das exportações, reflexo da nova fase econômica no Brasil e no mundo, além do esforço da indústria para aumento dos estoques.

De acordo com o balanço, a produção de caminhões subiu 13% em relação a setembro: foram 12.999 unidades produzidas em outubro, sobre 11.506 contabilizadas no mês anterior.

Esse não é o primeiro crescimento da produção registrado pelo setor de caminhões. No entanto ele mostra a tendência de recuperação do segmento para os próximos meses, já que a indústria de veículos pesados trabalha por meio de encomendas e os consumidores fazem planejamento antecipado das compras.

"Claramente, a tendência de recuperação do mercado de caminhões indica a melhora do segmento", afirma o presidente da Anfavea, Jackson Schneider.

Exportações

Já as exportações em unidades subiram 16,7% em outubro em relação a setembro, de 40.448 para 47.196. O resultado é puxado pela venda externa de automóveis e comerciais leves, que juntos registram alta de 16,3% (de 38.574 em setembro para 44.870 em outubro) e das vendas de ônibus que subiram 77,4% (de 674 para 1.196 unidades).

Segundo Schneider, apesar do resultado positivo das vendas externas, os principais mercados compradores de produtos brasileiros ainda não se recuperaram. Ou seja, ainda é cedo para dizer que o aumento do volume vendido ao exterior é sustentável. Mesmo assim, Schneider reconhece que o aumento das vendas externas em outubro, principalmente de automóveis, é uma notícia positiva.

"As exportações do Brasil começaram a sentir a crise em outubro de 2008, mas o mercado interno só foi sentir em novembro, quando a crise atingiu diretamente os clientes do Brasil", diz Schneider, sobre a preocupação com as exportações.

Em valores, o volume exportado representa a comercialização de US$ 795,6 milhões ao considerar também a exportação de máquinas agrícolas. Como em setembro haviam sido vendidos ao mercado externo US$ 734,1 milhões, o volume de outubro representa expansão de 8,4%.

Ao considerar as vendas internas e externas, a produção de automóveis e comercias leves subiu 16,5%. Foram 249.305 produzidas em setembro sobre 290.552 fabricadas em outubro. Já a produção de ônibus cresceu 13,6% - de 2.661 unidades produzidas em setembro contra 3.023 em outubro.

Em relação aos estoques, Schneider afirma que o volume de veículos nos pátios das fábricas e nas concessionárias está "no limite mínimo". Segundo ele, o volume, em outubro, em estoque é suficiente para 22 dias de vendas, ou seja, 215.819 unidades. Em setembro, os estoques eram de 171.601 veículos, equivalente a 17 dias.

"Forçamos a produção em outubro para recuperarmos o estoque. A previsão é que consigamos um nível 'saudável' dos estoques nos próximos meses", diz. Segundo ele, o volume atual está entre três e quatro dias abaixo do ideal.

Acumulado até outubro

A importância do crescimento do mês de outubro em relação a setembro é o ritmo de retomada que a indústria automobilística nacional aguarda para 2010, especialmente no que se refere as exportações que sofreram forte impacto da crise econômica mundial.

No quadro geral, o acumulado de janeiro a outubro ainda mostra queda de produção. Na comparação com o mesmo período de 2008, o volume que saiu das linhas de montagem é 7,9% menor este ano, de 2.771.621 unidades para 2.552.606.

A pior queda é observada no segmento de caminhões, com redução de 33,6% da produção no acumulado. Foram 95 mil unidades produzidas neste ano, em contraste com as 143.173 unidades entre janeiro e outubro de 2008. O tipo de caminhão que mais sofreu perdas em produção foi o de pesados, com queda de 53. A produção de caminhões está diretamente vinculada ao volume de encomendas demandado as montadoras, ou seja, ela representa as vendas que serão feitas nos próximos meses.

O que puxa esse volume para baixo são as exportações que despencaram 42% de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Ao todo foram 371.418 unidades exportadas até agora, contra 640.475 no ano passado. Somente o mercado de caminhões registrou queda de 68,6% no período, de 34.161 unidades em 2008 contra 10.717 até outubro deste ano.

Licenciamentos

No que se refere as vendas no mercado interno, foi registrada a queda de 4,6% dos licenciamentos de veículos em outubro, na comparação com setembro. Ao todo foram 294.466 unidades vendidas contra 308.718 unidades no mês anterior, sendo que do volume 17% são de automóveis importados.

A baixa é atribuída a antecipação de compras de automóveis e comerciais leves em setembro, por ser o último mês com redução do IPI integral. Assim, esse segmento sofreu queda de 5,2%: de 296.652 unidades para 281.270 unidades. Outro setor que apresentou queda no mercado interno foi o de ônibus, de 5,3% (de 1.970 unidades emplacadas em setembro para 1.866 em outubro).

"Acreditamos que o desempenho das vendas será melhor do que o esperado", observa Schneider. A Anfavea projetou o licenciamento de 3 milhões de veículos neste ano, aumento de 6,4% em relação a 2008. Para Schneider, o desempenho satisfatório do segundo semestre deverá ficar entre 70 mil e 80 mil unidades acima do previsto anteriormente.

Escrito Por:
Charles Batista
Escritor Colaborador Internacional do Proit




BOM SERIA SE NÓS NÃO TIVESSE VÍTIMAS NO TRÂNSITO, MUITO MENOS UM DIA EM MEMÓRIA A ESSAS VÍTIMAS. COISA ABSURDA ISSO, TER UM DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA AS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO, ISSO QUER DIZER, ENTÃO, QUE VAMOS CONTINUAR TENDO VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO? QUER DIZER QUE O TRÂNSITO VAI CONTINUAR FAZENDO SUAS VÍTIMAS? NÃO ABSORVO ESSA DE FORMA ALGUMA!
TEMOS QUE TRABALHAR EM CONJUNTO PARA TERMOS UM TRÂNSITO EM CONDIÇÕES SEGURA PARA TODOS COMO PREVÊ O ORDENAMENTO JURÍDICO VIGENTE E NÃO FICAR LEMBRANDO OU LAMENTANDO AS VÍTIMAS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO. O ACIDENTE DE TRÂNSITO É UM EVENDO PREVISÍVEL, PORTANTO, PASSÍVEL DE SER EVITADO. E A FORMA MAIS PRÁTICA DE EVITAR UM ACIDENTE DE TRÂNSITO É DIRIGIR DEFENSIVAMENTE. TEMOS QUE DIFUNDIR OS PRINCÍPIOS DA DIREÇÃO DEFENSIVA, DIFUNDIR O TEMA NAS UNIVERSIDADES, FACULDADES, ESCOLAS DE ENSINO PRIMÁRIO, FUNDAMENTAL E MÉDIO PARA CRIARMOS UM COMPORTAMENTO HUMANO QUANDO NA DIREÇÃO DE UM VEÍCULO.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

motorista condenado

Justiça condena motorista que atropelou e matou seis pessoas em Bangu

O juiz Alberto Salomão Junior, da 2ª Vara Criminal de Bangu, condenou ontem, dia 4, a cinco anos, três meses e 22 dias de detenção, em regime semi-aberto, o réu André Leandro da Silva, que atropelou e matou seis pessoas, entre elas um bebê de nove meses, em Bangu, Zona Oeste do Rio, em junho deste ano. Ele cumprirá pena por homicídio culposo na direção de veículo automotor (seis vezes), por não possuir carteira de habilitação e por praticar os crimes em calçada.

Na audiência desta quarta-feira, foram ouvidas nove testemunhas de acusação, que afirmaram que André estava sem a carteira de motorista - no dia do ocorrido, ele teria apresentado apenas uma cópia de habilitação vencida -, que ele conduzia seu veículo em alta velocidade e que havia ingerido bebiba alcoólica antes do acidente. Pela defesa, que não arrolou testemunhas, foi dito que o carro do réu teria sido fechado por outro e, por isso, ele não teve como frear, ocasionando o acidente.

Para o juiz, a autoria criminosa do acusado restou inequívoca após os depoimentos das testemunhas. "Observe-se que o cenário posterior à conduta do acusado foi tão grave que, certamente, ainda que não existisse o mencionado laudo comprovando a alta velocidade para o local, fácil seria concluir sobre sua existência. As avarias descritas também pelo laudo dão conta de que, além de pessoas atropeladas, o acusado destruiu um poste, um muro de uma casa, o telhado de um bar, consistente em estrutura metálica de cobertura, apenas parando seu veículo quando não mais era possível prosseguir diante dos obstáculos que foi superando enquanto atropelava as vítimas", afirmou o juiz.

"Tem razão absoluta o MP ao afirmar que o acusado violou o dever objetivo de cuidado, pois dirigia seu veículo automotor de forma imprudente, em alta velocidade, em local inapropriado, vindo a causar o atropelamento e morte das seis vítimas", concluiu. Por ser réu primário, André poderá recorrer da decisão em liberdade.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Acidente de Trânsito

Acidente de Trânsito: manifestação contemporânea da violência social
Escrito por José Nivaldino Rodrigues*
01-Jun-2007
A violência e o acidente de trânsito são fatos sociais que apresentam muitas características comuns. Ambos são problemas da teoria e da prática social e política da sociedade. A violência é um fenômeno muito mais antigo que o acidente de trânsito. Enquanto a violência originou-se simultaneamente com o surgimento da humanidade, o acidente de trânsito é contemporâneo da sociedade moderna e surgiu com a revolução do automóvel.

Violência por definição é um comportamento humano que vise ou possa causar dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. È o ato atentatório contra a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo contra a vida de outro. É um fenômeno que permeia todo o tecido social e assume diferentes formas. É geral. Ocorre do nosso lado e nas mais longínquas regiões terrestres. Pode ser percebida nos bairros nobres das cidades e nas periferias. Está nas ruas e, até mesmo, dentro de nossas casas. É exterior à vontade das pessoas. Alcança todas elas indistintamente variando, porém, em intensidade. É uma realidade no cotidiano das pessoas com a qual elas têm de conviver. O viver em sociedade foi sempre um viver violento (Odalia, 1983). Em todas as horas e lugares ela aparece das mais variadas formas. Tal qual a violência, o acidente de trânsito é democrático. Acontecem em todos os lugares. Atingem a todas as pessoas, independentemente de suas posições sociais. Não é um evento deliberado, mas fruto de displicência e de falta de atenção e, até mesmo, pelo gosto do risco e da aventura.

Se a violência é um fenômeno social, toda violência é social. Entretanto, a violência é seletiva em relação a certos segmentos da população ou apresenta um alcance mais geral justificado por condições sociais e históricas. Nesse sentido, pode-se denominar o acidente de trânsito de violência social, pois reflete um conjunto de fatores estruturais da realidade social que vai além da simples presença de veículos nas vias públicas. A violência no trânsito é um fenômeno cujas causas são determinadas socialmente, atinge toda a população e suas conseqüências são dramáticas na vida das pessoas.

O acidente de trânsito, como manifestação contemporânea da sociedade moderna, está inserido na lógica do sistema capitalista. É, também, uma forma de violência. A violência no trânsito representa um grave problema de nossa sociedade. Ocorre a cada instante e, indubitavelmente, a sociedade dispõe de condições necessárias e suficientes para apresentar soluções e reduzir os seus efeitos. Porém, nossos governantes pouco se preocupam com o problema. Não o faz em nome de outras prioridades.

Para se ter uma noção do tamanho da tragédia que é o trânsito, o Brasil registra anualmente 1,5 milhão de acidentes. A quantidade de pessoas feridas por ano é de 400 mil pessoas. Essa quantidade de acidentes resulta na morte de 35 mil pessoas/ano. Aproximadamente 7.5 milhão de pessoas se envolvem de alguma forma em acidentes de trânsito no período de um ano.

A cada minuto 14 pessoas sofrem acidentes de trânsito, 3 acidentes acontecem e uma pessoa é ferida. A cada 15 minutos, uma pessoa morre. Imaginemos um cenário, ainda mais amplo. Se hipoteticamente tivermos outras 3 pessoas que mantêm algum tipo de relação com qualquer das pessoas envolvidas em acidentes, teremos uma população de mais de 22 milhões de pessoas que de algum modo participa desse cenário catastrófico que encerra os acidentes de trânsito. É incomensurável, a quantidade de dramas pessoais dele decorrentes.

Para além do sofrimento ao qual estão submetidas as pessoas que se acidentam no trânsito, duas pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelaram que os acidentes de trânsito no Brasil custam ao Estado e à sociedade aproximadamente 30 bilhões de reais por ano, ou seja, 1,2% do PIB brasileiro. Desse modo, os acidentes de trânsito custam caro ao povo e as sociedades brasileiras, onerando sobremaneira, os sistemas de saúde e de segurança pública. Entretanto, não observamos políticas públicas consistentes no sentido de reduzi-los.

Não resta dúvida que o acidente de trânsito é uma manifestação contemporânea da violência social. Violência que não compreende apenas crimes, mas todo o efeito destruidor que provocam sobre as pessoas e sobre as regras de convívio na cidade. O trânsito violento interfere no tecido social, prejudica a qualidade das relações sociais, e contribui para o quadro da perda da qualidade de vida.

O principal fator da violência no trânsito no Brasil é humano. É certo que existem deficiências técnicas, de infra-estrutura e de engenharia. Entretanto, condutores, motociclistas, ciclistas e, até mesmo, pedestres são incapazes de cumprir as mais elementares regras de circulação. Não obedecem a sinalização, os limites de velocidade, avançam sinal vermelho e falam ao celular enquanto dirigem. Não raramente dirigem embriagados ou sem habilitação. É esse tipo de comportamento perigoso que gera o risco e provoca os acidentes de trânsito. No trânsito parece que vivemos um estado de anomia conforme a concepção de Durkheim. A falta de regras e o seu descumprimento invariavelmente levam a um cenário de violência sem precedentes.

A lei de trânsito no Brasil parece ser menos importante que as outras leis. Infrações de trânsito são consideradas pequenos deslizes. Por vezes, o infrator é até tratado como herói e corajoso. Expõe-se ao risco e impõe risco a outras pessoas sem considerar que o palco em que se comete estripulias motorizadas mata 35 mil pessoas por ano. A finalidade da lei de trânsito nada mais é do que limitar a liberdade de locomoção e de circulação de cada pessoa, individualmente, para garantir a liberdade de locomoção de interesse coletivo dentro de níveis seguros para toda a população. A lei de trânsito, nesse sentido, é a garantia do direito de locomoção universal no espaço público. Complementar a essa situação, a polícia e o judiciário são complacentes com esse estado de coisas que observamos no cotidiano do trânsito.

Culturalmente, no Brasil, o acidente de trânsito é tido como uma fatalidade. É um acontecimento fortuito e não previsto. Em tese, as pessoas não saem às ruas para, deliberadamente, matar ou ferir pessoas com seus veículos. Embora não pratiquem a violência de forma deliberada, incorrem em ato violento por imprudência, imperícia ou negligência. Essas formas de violência recebem um tratamento de crime culposo e não doloso, tornando menor a indignação das pessoas e elevando o fator de risco no trânsito.

Dessa forma, pode-se concluir que a violência no trânsito é uma conjugação de fatores que se interagem e resultam em uma fórmula tão ou mais explosiva que uma bomba atômica: risco, aventura, displicência, desconhecimento, desobediência, impunidade. Os resultados observamos estampados nas páginas de jornal não raramente em matérias intituladas de tragédias. Ressalte-se que os acidentes de trânsito são tão ligados ao conceito de violência que seus registros são tratados e elaborados, na maioria das vezes, pelos órgãos policiais.

*Economista (UNIDF, 1997), Especialista em Educação para o Trânsito (Universidade de Brasília, 2003), Mestre em Sociologia (Universidade de Brasília), Policial Rodoviário Federal. Presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federai

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Grã-Bretanha tem motorista mais antigo do mundo

O inglês, que tem quase um século de vida, e 84 de carteira de motorista, nunca se envolveu em um acidente de carro. Em oito décadas, ele teve 14 carros diferentes.

Na Grã-Bretanha, um cidadão acaba de ser confirmado como o motorista mais antigo do mundo a ter um histórico impecável ao volante. Quem conta é o correspondente Marcos Losekann.

Quase um século de vida, e ainda firme atrás do volante. Mas não é só por isso que o seu George Geeson acaba de ganhar um lugar no livro do recordes.

Esse inglês, que mora em Lincolnshire, 150 km ao norte de Londres, jamais levou sequer uma multa. Nunca bateu o carro, não sabe o que é se envolver em um acidente. E não foi por falta de possibilidade. Afinal, a carteira dele foi tirada há 84 anos.

Nas últimas 8 décadas o seu George teve 14 carros. Somando a quilometragem de todos eles, foram um 1,5 milhão de Km rodados. O segredo pra evitar acidentes? Dirigir somente de acordo com a lei.

“Pra quê passar da velocidade permitida?”, pergunta seu George. “Será que os apressadinhos não sabem que devagar se vai ao longe?”

Longe e com segurança. Seu George explica que sempre procurou respeitar a sinalização e também cuidar da manutenção de seus veículos.

Orgulhoso, mostra a foto do primeiro carrinho, comprado em 1930. Rodou com ele mais de duas décadas e garante que vendeu com tudo funcionando perfeitamente.

“Um carro tem que andar quando a gente acelera e parar quando a gente pisa no freio”, ensina ele. “Tem que estar sob absoluto controle do condutor”.

Sobre a violência no trânsito de algumas cidades, seu George não entende como uma pessoa pode ser gentil quando está a pé, e se tornar um monstro atrás do volante.

Para ele, um carro é só um aparelho utilitário, não é uma arma. Como diz seu George, conselhos óbvios. Mas que, infelizmente, são esquecidos por muitos motoristas.

Estacionamento mesquinho

A cada dia o Ser Humano me surpreende ainda mais. Estava ontem em frente a um posto de gasolina no bairro bosque, quando derrepende pára um carro para estacionar. No espaço seria possível estacionar dois veículos. O motorista sinaliza para estacionar, vai bem a frente e em seguida vem de marcha ré para alinhar melhor seu carro. Eu não estava prestando muito atenção para seu estacionamento, olhava para dentro do posto e estava pensando no futebol que iria jogar alguns minutos mais tarde. Após estacionar o motorista sai do carro e se dirige a festa que estava ocorrendo numa boate atrás do posto de gasolina. Aí é onde entra o detalhe da questão. Continuo afirmando que o ser humano é egoísta por natureza e não sabe viver em comunidade, não sabe usar o espaço coletivo de forma coletiva. Para você entender meu desabafo. Eu não disse acima que o local que o motorista estava estacionando daria para dois veículos? Pois é, daria, se ele não estivesse estacionado mesmo no meio do espaço, não calculando o espaço necessário para estacionar. Se ele desse um pouco mais de ré do carro caberia mais um carro sem problema. Agora, para que estacionar dois carros se eu posso ocupar o espaço grande sozinho? A muita falta de senso de coletividade. Assim o ser humano me surpreende cada vez mais.
As soluções para a maçiça violência que o trânsito proporciona no mundo todo não tem uma fórmula exata, não é uma receita de bolo, devemos cada um de nós conscientizar nossa geração para que possamos um dia desfrutar de um trânsito em condições segura.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Os sérios problemas do transporte público em Rio Branco/Ac

Acordei disposto para enfrentar mais um dia de vida que Deus acabara de me conceder. Entrando no ônibus(transporte público) que já estava esperando a mais de 40 minutos (linha são Francisco/placas) me deparei com uma mulher dirigindo, diga-se de passagem que ela é uma boa motorista, uma boa profissional. Fiquei ali ao lado dela observando. Percebi que era atenta, cuidadosa, educada (cedeu a vez para o pedestre atravessar a via fora da faixa de pedestre –porque não havia ali uma-, coisa rara de se ver entre os motoristas de ônibus. Pois bem, quando a motorista tira o pé do acelerador observo que o pedal do acelerador já não era mais um pedal, era apenas um ferro onde a motorista pisava e ali acelerava o veículo. Coisas desse tipo que eu me pergunto, o que fazer para melhorar o trânsito da nossa cidade?
O Transporte Público é uma figura importantíssima e essencial para solucionar diversos problemas que enfrentamos no trânsito. Agora, necessário é, que seja um transporte público que tenha as mínimas condições de segurança, higiene e de respeito para oferecer a seus usuários. Não podemos é permitir que veículos sucateados continuem rodando em nossa cidade. Veículos que constantemente se quebram, que apresentam uma péssima manutenção. A maioria dos pontos de parada do coletivo da cidade de Rio Branco é no meio da via pública, não é raro passar mais de 40 minutos até mais de uma hora esperando ônibus na nossa cidade. Isso sem falar no transporte interestadual. Quem quiser tirar a prova dos dez é só ir até campinas (a 60km da capital) de ônibus de linha.
Qualquer ação isoladamente será em vão para a amenização do problema social que enfrentamos com a violência no trânsito. O transporte público é apenas uma via de tantas outras que precisam ser melhoradas, porém, não podemos ficar inertes diante de tamanha aberração e desrespeito que as empresas de ônibus da cidade de Rio Branco/Ac estão fazendo com a população riobranquense.

Charles Batista Brasil – Presidente do Sindicato dos Instrutores de Trânsito do Acre e estudioso da área do trânsito.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Violencia no trânsito do Acre tem aumento de mais de 6.000%

Em menos de 15 anos ocorrências de trânsito no Acre tem aumento de mais de 6.000%
O Juizado de Trânsito da Comarca de Rio Branco divulgou boletim estatístico do último mês de setembro de 2009. Foram realizados 240 atendimentos, com 160 processos registrados e autuados. De janeiro a setembro deste ano, o JTRAN já registra 2.207 atendimentos sendo em 2008, por todo o ano, 2.897 ocorrências.

Um dado curioso nas estatísticas da justiça de trânsito, é que de Dezembro de 1995 até o mês de setembro de 2009, os atendimentos realizados pelo juizados com envolvimento de acidentes de trânsito saltou para o número absurdos de mais de 6.000%

uizado de Trânsito: Boletim de Setembro

O Juizado de Trânsito da Comarca de Rio Branco divulga o boletim estatístico dos meses de agosto e setembro. Em agosto foram realizados 264 atendimentos, com 169 processos registrados e autuados, enquanto que em setembro foram feitos 240 atendimentos, com 160 processos registrados e autuados. De janeiro a setembro deste ano, o JTRAN já registra 2.207 atendimentos. Em 2008, por todo o ano, foram 2.897.

Boletim Estatístico - Agosto e Setembro 2009
AGO SET
1. Total de Atendimentos realizados 264 240
2. Chamadas atendidas e não autuadas por estarem fora da atuação do JT 095 080
2.1 - Veículo oficial 002 003
2.2 - Acordo com interferência do Juizado e sem registro 022 026
2.3 - Acordo sem interferência do Juizado e sem registro 043 029
2.4 - Veículo evasor 014 008
2.5 - Veículos fora do local 007 003
2.6 - Acidentes com vítimas 004 009
2.7 - Colisão com objeto fixo 002 002
2.8 - Área particular 001 000
3. Processos Registrados e Autuados 169 160
3.1 - Acordos Realizados no local 050 037
3.2 - Audiências de Conciliação marcadas 052 065
3.3 - Queixas Registradas na Central de Reclamação 067 058
4. Sinistro por Embriagues 003 003

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Movimento Acumulado das Atividades no Ano de 2009
1. Total de Atendimentos realizados
2.207
2. Chamadas atendidas e não autuadas por estarem fora da atuação do JT
731
2.1 - Veículo oficial
026
2.2 - Acordo com interferência do Juizado e sem registro
238
2.3 - Acordo sem interferência do Juizado e sem registro
250
2.4 - Veículo evasor
100
2.5 - Veículos fora do local
047
2.6 - Acidentes com vítimas
058
2.7 - Colisão com objeto fixo
011
2.8 - Área particular
001
3. Processos Registrados e Autuados
1.476
3.1 - Acordos Realizados no local
325
3.2 - Audiências de Conciliação marcadas
475
3.3 - Queixas Registradas na Central de Reclamação
676
4. Sinistro por Embriagues
021


Juizado de Trânsito de Rio Branco

O serviço prestado pelo Juizado de Trânsito é gratuito, disponível ao cidadão de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas, e no sábado, das 8 às 22 horas. Em caso de acidentes que não envolvam veículos oficiais, patrimônio público ou vítimas, o cidadão deve ligar para os telefones:

3211-5566 ou 9985-2750

Atuando de forma gratuita e no próprio local do ocorrido, o atendimento imediato do JTRAN propicia às partes envolvidas o ressarcimento dos danos materiais de forma rápida, eficaz e segura. Até mesmo a evasão de uma das partes envolvidas no acidente não impede a ação do Juizado.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Quando a legislação de trânsito não ajuda

Envolver-se em acidente de trânsito grave pode cancelar a habilitação
Tercilio Rogério G. de Faria. Acadêmico de Direito.
08/07/2009

Tercilio Rogério G. de Faria ( * )

O CTB - Código de Trânsito Brasileiro (Lei n° 9.503/97), em vigor desde 22/01/1998, determina em seu art. 160, que o condutor CONDENADO POR DELITO DE TRÂNSITO ou envolvido em ACIDENTE DE TRÂNSITO GRAVE poderá ser submetido a novos exames para voltar a dirigir - como se fosse tirar uma nova habilitação -, mas a aplicação deste dispositivo deveria ser de "acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito" (Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito e Órgão máximo normativo e consultivo da União - art. 7°, inc. I do CTB).
Embora o texto legal seja claro em exigir a regulamentação prévia do CONTRAN, alguns órgãos de trânsito - como o DETRAN do Estado de São Paulo -, já vinha aplicando o art. 160 aos condutores enquadrados nestas situações.
Somente após 10 (dez) anos de vigência do atual CTB - contrariando o disposto no art. 314 do CTB, que prevê o prazo de 240 dias, após a publicação do CTB, para o CONTRAN editar todas as resoluções complementares -, o CONTRAN, em 04/12/2008, editou a RESOLUÇÃO N° 300/98, que entra em vigor em 01/07/2009, onde regulamenta o art. 160 do CTB, estabelecendo o procedimento administrativo para a realização de novos exames aos condutores enquadrados nestas situações.
Esta nova Resolução além de disciplinar a matéria, padroniza em todo o território nacional os procedimentos a serem adotados nos casos já elencados, evitando que órgãos de trânsito adote de maneira autônoma procedimentos não regulamentados pelo CTB.
Passando a análise desta Resolução, esclarecemos o seguinte:
Ao CONDUTOR CONDENADO POR DELITO DE TRÂNSITO - Conforme previsto nos arts. 3º ao 6º, após o trânsito em julgado da sentença condenatória (quando não couber mais nenhum recurso), para que este possa voltar a dirigir veículos automotores em via pública, deverá ser submetido e aprovado nos seguintes exames: (1) aptidão física e mental, (2) avaliação psicológica, (3) escrito, sobre legislação de trânsito e (4) direção veicular, realizado na via pública. No decorrer destes exames, o documento de habilitação ficará apreendido e somente após a aprovação será emitido um novo documento de habilitação, mantendo-se o registro anterior.
Ao CONDUTOR ENVOLVIDO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO GRAVE - Conforme disposto no art. 7º ao art. 16, ao contrário do condutor condenado por delito de trânsito - que tem como base para a exigência de realização de novos exames a sentença condenatória transitada em julgado -, deverá ser instaurado um processo administrativo, que será instruído pela Autoridade de Trânsito responsável pelo órgão emissor do documento de habilitação do condutor, assegurado o direito a mais ampla defesa. Ao final, não sendo acolhida as alegações de defesa, o condutor, para voltar a dirigir, deverá ser submetido e aprovado nos mesmos 4 (quatro) exames já mencionados para o condutor condenado por delito de trânsito.
Embora o CTB e a Resolução citada não apresente o conceito ACIDENTE DE TRÂNSITO GRAVE - o que é um erro considerável, pois deixa a cargo a Autoridade de Trânsito a valoração deste conceito -, acreditamos que tal situação deverá ficar devidamente caracterizada no transcorrer do processo administrativo citado.
A nosso sentir, esta Resolução é importante não somente pelo fato de regulamentar o art. 160 do CTB (que após 10 anos de sua edição estava impossibilitado de aplicação), mas também para reavaliar se o condutor elencado nas situações aqui discutidas está ou não apto a voltar a conduzir veículos automotores em via pública, aferindo principalmente seus aspectos fisico, mental e psicológico.

COMENTÁRIOS

O ARTIGO ACIMA FOI PUBLICADO NO SÍTIO http://www.jurid.com.br. VOU FAZER SOMENTE UM COMENTÁRIO COM BASE NA LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO (RESOLUÇÃO 300 DO CONTRAN) ORA ANALISADA PELO AUTOR DO ARTIGO, PORÉM, VOU ANALISAR UM ASPECTO DIFERENTE EMITINDO UMA OPINIÃO DIVERSA DA DO AUTOR DESSE ARTIGO.

A LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO É IMPORTANTÍSSIMA NO COMBATE A VIOLÊNCIA PROPORCIONADA PELO TRÂNSITO, PORÉM, NÃO É A ÚNICA RECEITA PARA A DIMINUIÇÃO DE TAL VIOLÊNCIA. A RESOLUÇÃO 300 DO CONTRAN INVERTE OS VALORES E SE PREOCULPA COM ALGO DESNECESSÁRIO E COMO OUTRAS NORMAS, SERÁ UMA RESOLUÇÃO DE POUCA EFICÁCIA. EXPLICAREI O PORQUÊ DESSA AFIRMAÇÃO. PRIMEIRO, A RESOLUÇÃO NÃO TRAZ A DEFINIÇÃO DE ACIDENTE DE TRÂNSITO GRAVE, DEIXANDO A CARGO DA INTERPRETAÇÃO DISCRICIONÁRIA DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO. FATO QUE PODERÁ SER ARGUMENTADO DE FORMA SATISFATÓRIA PELA DEFESA, DEPENDENDO DO CASO CONCRETO. SEGUNDO, A DITA NORMA SE PREOCULPA EM REHABILITAR O MOTORISTA QUE SE ENVOLVEU EM UM ACIDENTE DE TRÂNSITO GRAVE OU QUANDO CONDENADO POR DELITO DE TRÂNSITO, FATO QUE NÃO SERÁ MUITO DIFÍCIL NOS DIAS DE HOJE, DEVIDO A FALHA QUE HÁ NO PROCESSO DE HABILITAÇÃO POR FALTA DE FISCALIZAÇÃO. TERCEIRO, MAIS UMA VEZ SE TORNA BRANDA A PUNIÇÃO PARA QUEM FOI CONDENADO POR DELITO DE TRÂNSITO OU SE ENVOLVEU EM ACIDENTE DE TRÂNSITO GRAVE, POIS, DEPOIS DE PASSAR POR TODO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PODERÁ DIRIGIR NORMALMENTE PELAS RUAS COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO, COISA QUE NÃO SERÁ DIFÍCIL DEVIDO AO MESMO JÁ SABER DIRIGIR E NÃO TERÁ NENHUMA DIFICULDADE NAS AULAS PRÁTICAS, NAS AULAS TEÓRICAS, DUVIDO MUITO QUE FREQUENTE A SALA DE AULA, MESMO SENDO OBRIGATÓRIA A PRESENÇA.

SOU A FAVOR QUE POSSAMOS CRIAR NORMAS QUE VENHAM PUNIR MAIS SEVERAMENTE (SEJA NA ESFERA ADMINISTRATIVA, SEJA NA PENAL) OS QUE MATAM PESSOAS NO TRÂNSITO. NÃO TEM JUSTIFICATIVA PARA TANTAS MORTES NO TRÂNSITO BRASILEIRO. SÓ VAMOS CONSEGUIR FREAR ESSA MORTANDADE SE ELIMINARMOS O SENTIMENTE DE IMPUNIDADE QUE PASSEIA ENTRE OS MOTORISTAS INFRATORES. SE REHABILITARMOS ESSE MOTORISTA CRIMINOSO DE FORMA MUITO BRANDA ESTAREMOS COMETENDO O MESMO ERRO DUAS VEZES. PRIMEIRO PORQUE NÃO PUNIMOS SEVERAMENTE O CRIMINOSO E SEGUNDO PORQUE COLOCAMOS ELE NOVAMENTE NAS RUAS PARA CONTINUAR MATANDO.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Exemplo na gestao do transito municipal


Prefeito aposta em melhoria do trânsito para marcar gestão.Marcio Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Depois de lançar um programa de metas com planejamentos para a capital ao longo de 20 anos, o prefeito afirma, em entrevista exclusiva a O TEMPO, que sua prioridade será trabalhar por um transporte público de qualidade e soluções para o metrô da capital.

É a primeira vez que BH tem um plano de metas sistematizado. Mas, ao fim de seu mandato, qual marca o senhor quer deixar para sua gestão? A partir de agora qual será a prioridade?
Eu queria melhorar muito o transporte coletivo, que é um ponto frágil da cidade, apesar de ainda estar melhor do que o de outras regiões. O usuário do carro particular precisa saber que mesmo com muito investimento em novas vias, a velocidade média dos veículos não vai melhorar se a frota continuar aumentando. A meta é 73% da população usando transporte coletivo, o que ocorre em Barcelona (na Espanha) hoje. Nós temos que dar condições para que o usuário do automóvel migre para o transporte coletivo. Este é o principal eixo (da gestão).

Dentro do plano BH Metas e Resultados, a mobilidade tem previsão de receber 37% do total de recursos. Mas há garantia de captação de verba para as obras viárias do Corta-Caminho?
O Estado tradicionalmente investe em Belo Horizonte. Investiu na Cristiano Machado, Linha Verde, nos ajuda na Antônio Carlos. Nós podemos pedir ao Estado para investir no Corta-Caminho. É uma questão de definir prioridades em uma negociação. O governo federal já falou que vai fazer a obra de revitalização do Anel Rodoviário, que é fundamental para a cidade hoje: melhorar as travessias, os acessos aos bairros e fazer marginais em quase toda a extensão. O custo será de R$ 650 milhões. Estamos fazendo o projeto executivo da duplicação da avenida Pedro I e o financiamento deve ser liberado pelo PAC da Copa (da Mobilidade) em setembro. É a expectativa que temos. Podemos licitá-la já no início do próximo ano e a obra deve ser incluída em uma operação de crédito. Para todas as obras do Corta-Caminho, que é apenas um dos projetos de mobilidade, nós temos os valores e de onde pode vir o dinheiro muito bem discriminado e os projetos já estão sendo feitos. O Corta-Caminho será concluído em dez anos.

A superintendência da CBTU em Belo Horizonte afirma que a proposta de parceria público-privada (PPP) para o metrô só seria possível com a regionalização do trem. Mas que não há, nesse sentido, proposta concreta por parte do Estado ou do município. Existe formalização do projeto?
Houve sim proposta concreta. Provavelmente, o superintendente em Belo Horizonte não deve conhecer pessoalmente o documento. A proposta do governo federal que já vem de muitos anos é de que o Estado assuma o metrô da forma como ele é hoje, sem a União colocar nenhum investimento. Como o metrô dá um prejuízo de R$ 40 milhões ao ano, o Estado disse que desse jeito não pode assumí-lo, porque precisa modernizar o sistema, trocar os trens etc. A proposta de regionalização que existe é vinculada à PPP e está muito bem exposta em toda a documentação levada para Brasília no início do ano passado.

O que falta, então, para que a regionalização saia?
Falta uma decisão política por parte do governo federal. Ele pode investir diretamente até R$ 4 bilhões, não é pouco, e continuar com a operação. Pode também investir e passar a operação para o governo do Estado. Uma terceira opção, ainda, seria um acordo fazendo investimento misto (federal, estadual, municipal e privado), e a gestão passaria para o Estado ou continuaria com o governo federal. No entanto, não se tomou uma decisão a respeito disso. O projeto da expansão, do qual foram liberados na semana passada R$ 15 milhões, coincidentemente saiu dois dias depois da divulgação do nosso plano. Desde 2005, a empresa não fazia o projeto porque tem o contrato. Na verdade, estava paralisado porque faltavam os R$ 15 milhões. Significa que, desde 2005, o governo federal não estava interessado na expansão.

Qual é a posição da prefeitura frente a essa situação indefinida?
A posição da prefeitura é defender o interesse da população e a cidade precisa da expansão do metrô. Porém, a prefeitura sozinha ou com o governo do Estado não tem o poder de assumir o metrô.

A legalidade de emissão de multas pela BHTrans está sendo analisada pelo STJ. A prefeitura trabalha com alguma opção, um \"plano B\", caso a BHTrans realmente for impedida de multar?
Eu respeito muito a movimentação de vereadores, deputados e Ministério Público contra o poder de multa. Mas eu coloco a seguinte pergunta: imagine uma cidade sem inspetores ou guardas aplicando multas de trânsito? Deus me livre de uma cidade sem multa de trânsito. Do ponto de vista moral, ético e administrativo não há nenhum problema a guarda municipal, a BHTrans e a Policia Militar estarem multando. Pode haver alguma firula jurídica por parte de alguém e a Justiça vai decidir e nós vamos acatar ou vamos recorrer. Não há nenhuma possibilidade de isso vir acontecer a curto prazo. Então, não é algo que preocupa a prefeitura neste momento. Nos preocupa o fato de existirem, ainda, pessoas que não têm comportamento civilizado no trânsito.

Qual seria o impacto do fim do poder das multas no cofre da BHTrans?
Os recursos arrecadados com multas são menores do que a BHTrans investe para pagar conta de luz de semáforos, fazer ações de ordenamento do trânsito. A prefeitura banca a BHTrans.

Há a definição de quando a Guarda Municipal começa, enfim, a multar?
Ainda não há definição sobre a data. Nós não temos nenhuma dúvida sobre a legalidade de fazer isso. Os guardas que já atuam auxiliando a BHTrans no trânsito sentem-se muito incomodados porque, muitas vezes, são desrespeitados. O que falta é entendimento operacional entre os órgãos.

Conforme adiantou O TEMPO na edição da última quarta, a prefeitura pretende aumentar a arrecadação com o IPTU em 76% até 2012. Como será feito isso?
O projeto do novo IPTU prevê muita coisa, inclusive, que o parcelamento de aumento do valor ocorra sem reajuste pela inflação. A ideia é que a variação de valores, ao longo do tempo, seja feita pela variação do valor de mercado do imóvel apenas. Outra diferença é que foi feito um recadastramento de imóveis, porque há muitos deles em locais em que constavam terrenos. Nós só vamos ter condições de debater o assunto depois do dia que a prefeitura for à Câmara Municipal e fazer uma apresentação detalhada de como ficará o projeto com a nova lei. A nossa meta é que isso aconteça daqui a duas semanas.

Qual a estratégia para que desta vez o projeto seja aprovado?
Vamos apresentar um projeto muito bem fundamentado tecnicamente.

fonte: www.perkons.com.br

''No trânsito, a garotada, de certa maneira, cava a própria cova''

Próxima sexta-feira, dia 18, no auditório da Prefeitura de Vitória, o sociólogo Eduardo Biavatti fará a palestra de abertura da Semana Nacional do Trânsito, que neste ano ressalta a educação. Para ele, sem educar as pessoas para o respeito às regras do trânsito, desde a infância, e aumentar a fiscalização nas ruas para conter o desrespeito que, muitas vezes, resulta em mortos ou feridos graves, não se muda o quadro de violência no trânsito no país.

O que o motivou, como sociólogo, a estudar a violência no trânsito?
Quando você frequenta um lugar como o Hospital Sarah, que é um grande depósito de vítimas de acidentes de trânsito, vê logo duas coisas: primeiro, que as vítimas são homens, jovens. E depois, vai descobrindo que essa garotada, de certa maneira, cava a própria cova. Muitas vezes, as causas de acidentes não são nada imprevisíveis: a pessoa estava sem cinto; estava com capacete solto; bebeu e excedeu na velocidade. Quanta ignorância... No Sarah, ouvi muitos garotões, com sequelas de acidentes, dizerem: "Cara, eu não sabia que podia dar nisso". A desinformação dos jovens brasileiros é grande, muito diferente no que a gente vê nos jovens ingleses, canadenses, americanos, alemães, franceses, que como têm desde a pré-escola, como matéria, a educação de trânsito, são conscientes das consequências quando agem de forma incorreta. Aqui, não.

A impetuosidade é própria do jovem, em qualquer lugar do mundo. No trânsito, o que os diferencia é a educação?
O que diferencia é que lá fora, o jovem recebe educação para o trânsito e também para a repressão das condutas. Bebem? Sim. Mas não tem jovem alemão, por exemplo, que não tema a ação da polícia. A última campanha americana reforçou o fato de que se a pessoa bebe e dirige, "dança". Porque a certeza da punição também é educativa. Mas aqui não temos nem educação para a obediência à regra. Estamos ainda discutindo se a Lei Seca pode ou não pode...

Ainda há muita resistência à lei.
A moral dos tribunais está em outra direção. Quase 100% dos casos que foram para a segunda instância judicial resultaram na absolvição do condutor. Quem se recusou a soprar o bafômetro "se deu bem", porque os tribunais entendem que sem o bafômetro não há prova da ingestão de álcool. Algo que contraria o que acontece em outros países.
Há especialistas que defendem tolerância zero no Brasil. Hoje, a lei estabelece 0,6 grama de álcool por litro de sangue para caracterizar crime, em caso de acidente de trânsito.
Também acho que tem que ser zero. Nos Estados Unidos, a maior ONG contra o beber e dirigir, a Madd, está numa campanha nacional pelo álcool zero. Lá, cada Estado define o limite. A variação do efeito do álcool depende do sexo da pessoa, se ela se alimentou ou não. É mais fácil fiscalizar se alguém bebeu ou não.

O que faz o brasileiro tão transgressor no trânsito?
Isso tem a ver com a nossa dificuldade de reconhecer que num espaço público, coletivo, existem normas e regras que se impõem à vontade individual. Então, toda a vez que se percebe que não há fiscalização, acontece a transgressão. Inventamos até uma categoria nova que se chama infração do bem. Se bebeu uma, duas latinhas, e dirigiu, o raciocínio é de que a pessoa não quis provocar acidente. "Cara, bebi uma ou duas, não tive má intenção". No sábado à noite, estaciona-se sobre a calçada. "O que é que tem?". Usar o celular ao volante? "Pôxa, usei rapidinho". No banco traseiro as pessoas não usam o cinto "porque ninguém vê". E o excesso de velocidade? Se a gente filmar a expressão do rosto das pessoas, com a multa na mão, vai ver ódio. Mas quando o deputado, lá no Paraná, bebeu, atropelou e matou rapazes no trânsito, todo mundo achou aquilo um absurdo. Na realidade, as pessoas infringem a lei o tempo todo, mas não se veem como criminosas no trânsito. E basta pegar um celular ao volante para se atropelar um motociclista, por exemplo. Que, aliás, muitas vezes não deveria estar ali, no corredor. Nós não conseguimos nos ver como cúmplices na violência no trânsito.
O crescimento da frota de motocicletas no país é enorme. Criou-se uma verdadeira guerra no trânsito, entre motoristas e motociclistas. Em pelo menos 14 Estados brasileiros, já morre mais motociclista do que pedestre no trânsito. Eles deram um salto nas estatísticas. Em cidades menores, a motocicleta já compõe a principal frota.

O trânsito, caótico, de certa maneira reflete a sociedade em que vivemos?
Não há vida em sociedade sem trânsito. Naturalmente, nele conseguimos ter uma fotografia muito fiel do mundo, de como nos relacionamos uns com os outros. Se quisermos olhar o trânsito como expressão dos valores que temos na sociedade, vamos ver que alguns como a solidariedade, o respeito ao próximo, a gentileza, foram perdidos. No trânsito vê-se um total individualismo das pessoas. E o pedestre, mais frágil, a vítima da própria cidade. Em Salvador, houve uma época em que pedestres morriam embaixo da passarela. Sabe por que? Não foi por preguiça, mas por falta de uma calçada que levasse à passarela. Em outras situações, a falta da calçada faz as pessoas andarem à beira da pista onde circulam os carros.

Por que as pessoas são "tomadas" pelo poder quando estão atrás do volante?
Temos que lembrar que ter um carro ainda é uma distinção social do brasileiro, Aqui, 40 milhões de pessoas não têm dinheiro nem para comprar uma simples moto. São milhares as pessoas que não têm dinheiro para pagar a passagem do ônibus, que andam a pé. Por isso, no carro, a pessoa sente-se poderosa. E as cidades não foram planejadas para quem anda a pé. Tudo bem que ter carro não deveria dar margem à selvageria na conduta, mas isso acontece, porque a fiscalização é muito fraca. É certo que ela aumentou nos últimos dez anos, mas ainda é pouco. Quer um exemplo? São Paulo é a cidade do país com maior aparato de fiscalização no trânsito. Lá, circulam quatro milhões de veículos por dia, e são feitas 11 mil autuações de trânsito. Sabe quantas pelo fato de o motorista falar ao celular quando dirige? 590. Qual o risco de uma pessoa ser flagrada por falar ao celular? Mínimo. Se nós fôssemos mesmo fiscalizados...

Então as saídas são investir em Educação, desde a infância, e reforçar a fiscalização?
Acho que não dá para pensar uma coisa sem a outra. Eu sempre alertei sobre o perigo do álcool no trânsito para a garotada, apelando para a consciência de cada um. Mas, hoje, com a Lei Seca, faz diferença. Porque mais pessoas sabem que podem pagar economicamente e penalmente por sua conduta. A Lei Seca forçou uma mudança na conduta na maioria de nós. É claro que tem um monte de gente que não está nem aí, que não sopra o bafômetro. Mas tem muita gente aderindo à regra. Eu não acho que a lei sofreu um grave revés na Justiça, com a decisão de uma parcela se recusar a soprar o bafômetro. De cada dez oito sopram. Enquanto não tínhamos uma referência da presença de fiscalização, ninguém se preocupava. Não digo que devemos viver numa sociedade policialesca, mas o poder público tem que fazer valer o poder de Estado. Volto a dizer, a repressão, a punição, também educam.

Beber e dirigir nunca foi permitido, mas após a Lei Seca, a sociedade parece menos tolerante em relação aos crimes de trânsito.
Com certeza. Por outro lado, há algum tempo a organização das famílias das vítimas contribui muito para essa consciência. Mas o problema é que os tribunais ainda não se livraram do conceito de acidente. O argumento é de que o condutor não quis matar, porque foi um acidente. Estão atrasados em relação ao que é a violência no trânsito.

Na esfera administrativa também há morosidade na punição de infratores.
Os Detrans têm que responder de maneira mais ágil à demanda. Acho que têm que dar todo o direito de defesa, mas esperar dois anos para cassar uma carteira de alguém que se envolveu num acidente grave, que bebeu e dirigiu, realmente não dá. A sensação da impunidade é grande, ainda.

O que você diria a um pai ou a uma mãe que vão presentear um filho com um carro, que muitas vezes vira arma nas mãos de quem não tem responsabilidade?
Acho que aos 18, 19 anos, os pais não têm mais um poder de sinalizar uma conduta correta para a garotada. Os pais têm que começar a falar sobre a responsabilidade no trânsito bem antes. É preciso alertar os jovens para o que está em jogo, qualificar suas escolhas. Para cada um que morre no trânsito, 19 sobrevivem, e desses 19, pelo menos 30% ficarão incapacitados fisicamente. Acho até que os pais têm que parar de alertar os filhos sobre o risco de morte. Devem alertar sobre a chance de eles arrebentarem o cérebro, a medula espinhal. Você sabe o que é ficar tetraplégico? Correr ou não correr, beber e dirigir, usar o cinto no carro, usar ou não o capacete na motocicleta, condutas básicas, são escolhas. Recentemente, uma pesquisa com universitários no Rio e São Paulo revelou que a metade, com a Lei Seca, continua bebendo, mas não dirigindo o seu carro. Mas ao serem perguntados sobre a volta da balada, 80% admitiram voltar no carro de com um amigo que bebeu. Um grande índice também não usa cinto de segurança no banco traseiro.

Transferem a responsabilidade para o outro.
Sim, e não têm consciência do risco. Por isso, os pais devem apresentar aos filhos adolescentes as consequências das suas escolhas no trânsito.

E serem também bons exemplos...
Ah, sim, o que é muitas vezes mais difícil. Muitos jovens já viram seus pais, tios, irem e voltarem de festas alcoolizados, ao volante. A força desse exemplo é poderosa. E não temos como fugir da necessidade da repressão. As pessoas têm que assumir seus atos. Na Inglaterra, as pessoas sabem que se beberem e forem flagradas ao volante, além de pagar uma multa caríssima, de serem presas, podem perder o emprego, e depois não conseguir outro. A campanha inglesa sobre álcool alerta sobre as consequências.

Vira um estigma.
Sim, pesa o conceito que aquela pessoa vai ter na sociedade, diante dos amigos, da família e do empregador. Mesmo que ela não tenha causado um acidente grave.

Aqui, muitas vezes associa-se à idéia da malandragem, da esperteza.
Um programa na TV mostrou, um ano após a Lei Seca entrar em vigor, o deboche de motoristas que pagavam mototaxistas para levá-los após o ponto onde estavam os guardas, e depois buscarem os carros para eles. Os guardas apareciam como os "patetas" da história, e os motoristas alcoolizados como os "espertos". Na realidade, as pessoas, de maneira geral, sabotam. Quando alguém está a 120, 130 numa via onde a velocidade máxima é 90 ou 100 quilômetros por hora, faz isso de propósito. E é preciso lembrar sempre que nós vivemos em sociedade, que a minha segurança depende da sua. Não dá para pensar que cada um cuida de si. No trânsito, o motociclista que não usa capacete, que não tem a capacidade de cuidar de si mesmo, certamente não vai se preocupar com o outro. O espaço é limitado, e muita gente disputa esse espaço no trânsito: carros, pessoas, ônibus, motocicletas, bicicletas. Por isso, todos devemos nos cuidar. Porque todo ano morrem milhares de pessoas no trânsito. Mas a gente só vai sair dessa enrascada quando o sistema de Educação embarcar nisso, com projetos pedagógicos de Educação de Trânsito também no ensino médio.

fonte: www.perkons.com.br

mobilidade e a contribuição da psicologia

Assessoria de Imprensa Perkons

Nos próximos dias 22 a 24 de outubro acontece o Seminário Nacional Psicologia e Mobilidade: O espaço público como direito de todos. O evento é promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e acontece no auditório do Conselho Regional de Psicologia 06, na Rua Arruda Alvim, 89, em São Paulo, SP. As inscrições custam R$ 50 e não se restringem a psicólogos. Mais informações: mobilidade.pol.org.br.
Na entrevista abaixo concedida a Perkons, a conselheira do CFP, Andréa Nascimento, doutoranda em psicologia e coordenadora da comissão de organização do evento, conta um pouco sobre o seminário e os assuntos que envolvem a temática.

Perkons - Qual o principal objetivo do seminário?
Andréa Nascimento
- Queremos reunir diferentes áreas que estudam, pensam e trabalham com o trânsito em um encontro sobre o que é o trânsito e o transporte no Brasil hoje. Não é um seminário acadêmico com apresentação de trabalhos, painéis e afins. Será um debate. A metodologia consiste em ter diversas áreas dialogando com alguém da psicologia. Teremos a medicina, a engenharia, a educação, enfim, as áreas que também estudam o trânsito. É a academia e a prática, entendendo que isso pode gerar problematizações e demandas de políticas públicas. Por isso teremos pessoas de universidades, pesquisadores e profissionais atuantes na prática.

Perkons - Que temas você acredita que vão gerar mais debate?
AN - Na verdade todos os temas são interessantes. Pensamos de forma multidisciplinar, na complexidade. Tentamos pegar o que mais está em foco hoje e vamos ao final elaborar um documento com um conjunto de propostas ético-políticas para o que pode ser feito hoje para o trânsito. Vamos discutir liberdades individuais, desenvolvimento urbano, espaço público, saúde pública, relações sociais no contexto urbano, educação para o trânsito, entre outros.

Perkons - Como a psicologia pode contribuir para a mobilidade urbana?
AN -
Historicamente a área de psicologia no trânsito esteve muito ligada à avaliação psicólogica. Não queríamos fazer essa ligação e não queremos discutir teste psicológico de Detran nesse espaço. Chamamos diversos psicólogos para discutir outros aspectos ligados à mobilidade. A psicologia contribui a partir do momento que aponta as relações de poder na disputa do espaço público, do carro com os pedestres, o comportamento dos usuários, os acidentes em si, as políticas públicas, entre outros. Trabalhamos as relações conflituosas. É muito mais complexo que restringir tudo a uma questão de comportamento humano. São as relações - espaciais, financeiras, econômicas, sociais - que acontecem no ambiente urbano. É tudo o que envolve a vida na cidade, o impacto disso na subjetividade das pessoas, como elas se constroem individualmente e em grupos.

Perkons - O trânsito é um espaço público, entretanto, muitos agem como se fosse particular. Como mudar isso?
AN - Não há receita pronta. Nosso modelo de vida e de mobilidade leva o carro particular junto. Nele deixo livros, roupas, sapatos, escolho a quem dou carona, coloco som no volume que eu quiser, disputo o espaço público, pois quero fluidez... . Cada vez mais o governo investe nos carros ao invés de investir em outros modais que levariam a uma mudança de comportamento para outras formas de transporte. A redução de IPI, por exemplo, gerou nas pessoas uma demanda por carro novo para quem não tinha e para quem já tinha um novo, que em alguns casos, nem era necessária a troca. Enquanto nosso modelo de mobilidade, de transporte, estiver sobrepujado ao modelo individualista, será muito difícil que o espaço público seja realmente público. No desenho do cartaz de divulgação do seminário o carro existe sim, não o negamos, mas o espaço é um espaço de todos.

Perkons - Como se poderia ampliar a atuação da psicologia para a melhoria do trânsito brasileiro?
AN - Em muitos aspectos, um deles é a questão da educação pra o trânsito. A psicologia também tem um acúmulo de conhecimento sobre ambiente. Estuda, por exemplo, como o ambiente contribui para a relação entre as pessoas. A psicologia pode ainda atuar junto a ONGs, prefeituras, instituições de trânsito e transporte, de desenvolvimento urbano, estar dentro das equipes de saúde trabalhando a questão dos acidentados, do stress pós-traumático, nas equipes de emergências e desastres. São muitas as contribuições... Hoje, muitos lugares têm interesse em engenheiro e arquiteto e a lógica preponderante é o aumento das ruas para os carros. Isso tem um reflexo, isso impacta na vida, na subjetividade das pessoas. Por que não se investe em políticas de melhoria do transporte público? Que mensagem se passa à população quando se cuida mais dos automóveis que da saúde, da educação? A psicologia lança essas questões a todos, esperamos que a resposta venha do coletivo e não somente de uma ou outra área isoladamente.

fonte: www.perkons.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Proposta de revisão do código de trânsito entra na reta final


CLICK NA IMAGEM PARA LER AS POSSIVEIS ALTERACOES QUE O CTB PODERA SOFRER.

DIA NACIONAL DO INSTRUTOR DE TRANSITO

hoje no Brasil se comemora do dia nacional dos Instrutores de Transito, uma classe tao desprestigiada mas ao mesmo tempo com grande responsabilidade social em suas maos. Vai aqui meus parabens para todos os Instrutores de Transito do Brasil e que nao possamos baixar nunca nossas bandeiras e que possamos estar firmes para finca-las no pico da montanha.

PARABENS INSTRUTORES, NOS MERECEMOS!!!!!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Site Nacional publica artigo


Um site nacional (www.perkons.com) publicou um artigo escrito por minha pessoa no dia 28/09/09 (na seção noticias no link OPINIAO) com o tema DIARIO DE UM PEDESTRE, fiquei feliz e satisfeito pelo reconhecimento desse gupo que trabalha com o tema transito no Brasil e no mundo inteiro a muitos anos. E mais um combustivel para motivar ainda mais e impulsionar os objetivos e sonhos que tenho na minha vida. O texto para quem se interessar estar escrito logo abaixo.
Muito obrigado!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Diário de um pedestre

Diário de um pedestre

O galo começa a cantar, é hora de levantar, tomar banho e o café com a família e se dirigir ao trabalho.
Graças que trabalho próximo da minha casa.
Beijos e abraços nas crianças e na esposa. Agora sim, estou pronto para ir ao trabalho.
Sou obrigado a dividir a rua com os carros porque não tem calçada. Tudo bem, com atenção e muito cuidado, tiro de letra.
Afinal meu trabalho e bem próximo de casa.
Mais um pouco na frente...
Olha que legal! Aqui tem calçada.
É aqui que eu vou.
Pensando nas tarefas que me esperam
Vou a passo firme, esquerdo, direito.
Mercearia bom bairro, to chegando.
Puxa! Zé folgado estacionou o carro em cima da calçada.
É rapinho!
Agora vou ter que descer da calçada.
Cuidado! Grita o ciclista que vem descendo a ladeira.
Ufa!
Voltei para a calçada. É um perigo.
Vamos embora.
Agora sim, estou chegando.
Falta só aquele cruzamento e pronto.
O sinal está vermelho para o pedestre
Vou correr,
quando chegar lá a passagem para mim vai ta livre, afinal estou cinco minutos atrasado.
Vixe!
Um problema lá na frente.
Congestiona o trânsito. Fila longa, ninguém sai nem para a esquerda nem para a direita.
Nem para frente e nem para trás.
Soa as buzinas e os gritos de “vamos embora seu leso”.
Virando o olhar para o lado vê-se...
Doutorzão no seu carrão zero bala
Fume nos vidros
E uma grande impaciência em seu rosto.
Não pára de buzinar...pensa que é o único atrasado.
E agora?
Atravesso ou não? E se quando eu tiver lá no meio da rua o transito descongestionar?
Ops!
Sinal verde para os pedestres. Agora eu vou.
As buzinas não param
O pé ta atolado no acelerador, fazendo roncar o motor.
Fui!
Quem disse que o doutor apressado deixou?
Ele arrancou com o carro em cima de mim.
Se não pulo para trás virava anjo.
Depois de uns minutos a calmaria toma conta do lugar.
Agora vai.
Lá vou eu de novo.
Olho para o lado e sabe o que vejo?
Um maluco!
Alta velocidade...
O sinal para ele ficou amarelo... ele vai passar... ligou a seta para entrar ...hummm...
Olho para o outro lado
Minha nossa!!!
Cuidado ai gente, foi a única coisa que deu tempo de fazer...gritar.
Corre vovó...corre...corre.
O final da história fica por sua conta
Caro leitor.
Afinal,
Somos os autores principais das novelas da vida real.

Autor: Charles Batista Brasil

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Motorista é condenado a 14 anos de prisão por acidente de trânsito em Curitiba

CURITIBA - O motorista de um veículo que causou a morte de duas pessoas em um acidente de trânsito, em Curitiba, no Paraná, foi condenado a 14 de anos de prisão, em regime fechado, nesta sexta-feira. O acidente aconteceu em 31 de janeiro de 2003.
De acordo com a acusação, Márcio Buraki furou o sinal vermelho na Rua Padre Agostinho e atingiu um veículo na Rua Francisco Rocha. Sílvio Korobinski Júnior, que tinha 14 anos, e a tia dele, Zeneide Korobinki, morreram no acidente.
De acordo com a acusação, Márcio Buraki furou o sinal vermelho na rua Padre Agostinho e atingiu um veículo na Rua Francisco Rocha. Outras três pessoas da mesma família - o pai (irmão de Zeneide), a mãe e a irmã do adolescente - também estavam no carro e ficaram feridos. A família voltava de uma festa de formatura de um primo. Sílvio Korobinski ficou 22 dias em coma e quando acordou recebeu a notícia de que o filho e a irmã estavam mortos.
As testemunhas de acusação afirmaram que Márcio Buraki estava alcoolizado, pois exalava hálito etílico. Naquela época não era feito o teste do bafômetro. Buraki foi julgado por homicídio doloso, quando há intenção de matar ou quando a pessoa assume o risco de um ato.
O advogado de defesa, Joe Velo, não quis falar com a imprensa após o julgamento. No entanto, deverá entrar com recurso para tentar diminuir a pena. De acordo com o telejornal Paraná, Velo utilizou o argumento de que não se podia ter certeza de que foi o cliente dele que causou o acidente.
Já Fábio Teixeira, advogado de acusação, disse que dificilmente a defesa conseguirá mudar a decisão do Tribunal do Júri. Para isso ocorrer, a defesa teria que provar a existência de erros no processo.
- Essa decisão é uma resposta que a sociedade aguardava - afirmou Teixeira.
A acusação foi autorizada pelo juiz a chamar uma testemunha além do permitido, de acordo com o telejornal Paraná TV. A sexta testemunha foi a enfermeira do hospital que atendeu Buraki. Ela descreveu no protocolo de atendimento que o acusado tinha hálito etílico e o documento foi anexado ao processo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mortes no Transito

Acidentes de Trânsito crescem no Acre

No Brasil morrem mais de 50 mil pessoas no trânsito. Até agosto de 2009 já foram registradas 85 mortes no trânsito do Estado do Acre, vale ressaltar, que as estatísticas não são confiáveis e não expressam a realidade da situação, pois, só se computa uma morte no trânsito quando esta vem a ocorrer de forma instantânea, no local do acidente. Não se relaciona as mortes que ocorrem no caminho ao hospital, ou nos hospitais depois de alguns dias do acidente e dentre outras situações diversas que contribuíram para o óbito.
Dessas 85 mortes registradas no trânsito acriano, 53% das vítimas estavam em motocicletas, 15% em bicicletas, 14% eram pedestres e somente 10% estavam em automóvel. Não comungo de um pensamento que se difunde entre alguns burocratas que dizem que esse aumento de mortes é devido ao fato da facilidade de comprar um veículo, com mais veículos nas ruas mais acidentes ocorrerão, dizem esses filósofos do trânsito. Porém, não acredito nessa tese sem fundamento, desprovida de qualquer fator cientifico ou empírico que a comprove. Quer dizer então que as pessoas não podem possuir seu veículo, se locomover pela cidade com maior facilidade, rapidez e agilidade, coisa que o transporte público não oferece? O Poder Público tem que investir em educação. Educar o cidadão ainda é uma saída para minimizar muitos problemas enfrentados atualmente. Educar o cidadão é muito caro, dizem os anarquistas que preferem ter um povo analfabeto. Caro mesmo, é jogar pelo ralo a quantia de 30 bilhões, recursos públicos gastos com os acidentes de trânsito no Brasil. Enquanto os acidentes de trânsito consomem a bagatela de 30 bilhões de reais, o poder público investi 1,5 milhão de reais em educação de trânsito. Grande diferença. E o resultado se encontra nas ruas, são motoristas mal educados sem as mínimas condições de guiar um automóvel.
Continuo afirmando que o leme que vai girar e reverter esse percurso de mortes e mais mortes no trânsito é a educação. Trânsito é mobilidade, é comportamento, precisamos chegar a um nível que não necessitaremos mais de guarda de trânsito para notificar os infratores porque não haverá mais infração, chegarmos a um ponto que não mais precisaremos de radares porque não mais haverá motoristas conduzindo acima do limite de velocidade permitido para a via. Mudar esse comportamento mal educado é passar a respeitar a vida, respeitar os direitos do próximo para ter o seu respeitado e para isso É PRECISO EDUCAR!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Detran/AC vai ter que devolver dinheiro

Detran vai ter que devolver dinheiro de multas na BR-364. justiça Federal condenou órgão por incompetência administrativa nas BRs. Cezário Braga, ex-diretor presidente, também foi multado em R$ 10 mil.

A Justiça Federal despachou nesta sexta-feira, 18, decisão que devolverá o dinheiro de muitos acreanos que pagaram indevidamente por multas de trânsito de excesso de velocidade na BR-364.

Trata-se da sentença favorável à ação civil pública do Ministério Público Federal MPF/AC, à indenização de todas as multas que o Detran/AC já aplicou na BR-364 ou em qualquer outra rodovia de competência da União. Portanto, não tutelado em âmbito estadual (processo 2008.30.00.000521).

A sentença foi protocolada pelo juiz da 1ª Vara Federal, David Wilson de Abreu Pardo.

Com isso, todos os motoristas que já pagaram ao Detran por essas ‘multas inapropriadas’ poderão solicitar a devolução dos valores, mediante a apresentação de provas da remuneração de tais penas.

Os pontos que foram retirados da carteira em função destas multas também serão recolocados de volta. Tais multas são consideradas agora passiveis de anulação por terem sido aplicadas por um “agente ‘incompetente”.

A medida já era previamente prevista por uma liminar de 1º março de 2008 (que seria uma antecipação do pedido da União à tutela sob as rodovias), mas esta não foi cumprida pelo Departamento.

Agora, a sentença é definitiva e, pelo não cumprimento da antecessora liminar judicial, o diretor do Detran/AC na época, Francisco Anastácio Cezário Braga, ainda deverá pagar uma multa à União de R$ 5 mil, como responsável pela administração. A multa para deve ser paga no prazo de 10 dias.

É que desde a liminar, o Detran deveria ter encaminhado à Polícia Rodoviária Federal (PRF/AC) um relatório das multas apuradas pelos radares, mas este requisito não foi cumprido.

O Departamento Estadual de Trânsito terá de deixar a operação de todos os equipamentos (fixos ou móveis) medidores de velocidade (radares) das rodovias federais, em especial a BR-364.

No lugar, a União é obrigada a instalar aparelhos medidores fixos nos quilômetros 122, 126 e 134 da BR-364. O Detran tem o prazo de 30 dias para cumprir a determinação judicial, proferida nesta sexta-feira, 18, e comprovar o feito por meio de ofício.

O MPF/AC registrou tal requerimento à Justiça Federal, mediante o argumento de que a autarquia estadual não tem jurisdição sobre nenhuma rodovia da União, a ponto de aferir infrações de trânsito nelas, além do fato de os aparelhos medidores de velocidade não possuírem nenhuma sinalização que lhes sejam anteposta, o que vai de encontro ao princípio de plena publicidade no cumprimento da legislação.

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domingo, 20 de setembro de 2009

Votação no Senado Federal

Para os colegas de profissão que acompanham nosso trabalho temos uma noticia boa para semana que esta se iniciando. É que dia 22/09/09 às 14horas no Senado Federal o Projeto de Lei que regulamenta a profissão de Instrutor de Trânsito no Brasil vai à votação no plenário daquela casa legislativa. Portanto, vamos esperar com muita esperança que no dia 16 de outubro dia Nacional dos Instrutores de Trânsito no Brasil possamos estar comemorando a sanção do presidente Lula ao nosso projeto.

sábado, 19 de setembro de 2009

Decisão da Justiça Federal proíbe Detran do Acre de operar com radares na BR-364

O juiz da 1a. Vara da Justiça Federal do Acre, David Wilson Pardo, determinou que o Departamento Estadual de Trânsito do Acre, se abstenha de operar os aparelhos medidores de velocidade [fixo ou móveis] nas Rodovias Federais que interceptam o território do Acre, em especial na BR 364. Determinou, também, a anulação das penalidades cominadas (multas) aos condutores que excederam a velocidade permitida na via durante a permanência dos radares instalados pelo DETRAN/AC, além de devolver o dinheiro das multas eventualmente recolhidas pelo condutores penalizados. A sentença diz, ainda, que todos os pontos apontados nas carteiras de habilitação dos condutores multados devam ser.

Caso a decisão judicial não seja cumprida num prazo de 10 dias, o diretor do Detran/Acre deverá pagar de multa no valor de R$ 5.000,00 por desobediência.

Em fim a Justica sendo feita contra a industria de multa...so pensam em arrecadar, arrecadar e nada mais.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Acidente na BR-364 mata criança de 7 anos e deixa outros cinco feridos






Fonte: http://www.ecosdanoticia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7682&Itemid=37

Da redação/ Fotos: Felix Neves 12-Set-2009

Um menino de sete anos morreu e cinco pessoas ficaram feridas em um acidente no quilômetro 12 da BR-364, na tarde deste sábado, 12. Uma carreta "cegonha", carregada de veículos novos, saiu da pista próximo à Vila Albert Sampaio, depois de uma manobra imprudente de um motociclista, por volta das 15h30.

Adjanane Dhemie Oliveira da Silva, 24 anos que pilotava a motocicleta, tinha ido com o namorado, Antônio Marcos Barrozo Bezerra, 20 anos,, visitar parentes no quilômetro 13, quando próximo à Vila Albert Sampaio fez uma curva brusca para a esquerda. A manobra fez com que a carreta, que vinha logo atrás, saísse da pista e atingisse o garoto Davi Nascimento da Silva, de 7 anos, que se encontrava em uma borracharia às margens da rodovia.

A criança aguardava a avó para irem a uma Igreja Evangélica quando aconteceu o acidente. A vítima teve a cabeça esmagada pelas rodas da carreta.

O motorista do caminhão, Edriano Andrade da Silva, de 35 anos, perdeu o controle do veículo e chegou a colidir também contra a motocicleta do casal, antes de atropelar a criança no acostamento.

Além de Andrade da Silva, estavam no caminhão a esposa dele e uma filha de três anos. O motorista foi levado ao Pronto Socorro em estado grave. As outras duas pessoas, no entanto, sofreram ferimentos, mas não correm risco de morrer.

COMENTARIOS

Resolvi comentar os acidentes de trânsito que ocorrem no meu Estado para poder provar a minha tese de que todo acidente pode ser evitado se observado as normas de circulação e conduta, ou seja, a legislação de trânsito.

Nesse caso prático ora analisado e transcrito acima de um jornal online da cidade veremos como a minha tese se comprova. O garoto de 7 anos que perdeu sua vida morava em um dos bairros próximo a rodovia e por esse motivo margeava a mesma na hora do acidente. Não tinha nada haver com os veículos que passavam por ali naquele momento, o garoto queria apenas sua avó, e a esperava para irem à igreja como havia combinados. Não me venham com aqueles paradigmas arcaicos do tipo, “foi uma fatalidade”, “morreu porque tinha que morrer”, “chegou sua hora, não tem jeito”, “foi algo imprevisível, muito rápido, não esperava”, etc. esses pensamentos demonstram apenas a falta de conhecimento técnico de quem proferiram. O motoqueiro deixou de observar uma norma de mudança de direção em rodovia que diz que para segurança dos usuários da via o motorista que tiver a intenção de entrar a esquerda da rodovia deve parar seu veículo no acostamento a direita e quando tiver segurança cruzar a via sem problemas. Atenção, um elemento da direção defensiva também deixou de ser observado pelo motorista da “cegonha”, a velocidade em conjunto com a falta de atenção e previsão contribuíram para a perda do controle da direção do veículo. Ninguém perde a direção de um veículo numa velocidade apropriada para o local e as circunstância da via que trafega. Vejam que detalhei apenas duas situações que contribuíram para o acidente. Se todo motorista pensasse ao entrar num carro para dirigir, seja ele profissional ou até mesmo só para comprar pão na padaria da esquina, que é necessário ser um motorista defensivo, um motorista que vela pela legislação de trânsito e seus manuais de conduta. Regras que foram feitas para proporcionar um trânsito em condições seguras, porém, sem uma aplicação do próprio homem na vida real não passam de meras letras garrafadas em um pedaço de papel jogado no fundo de uma caixa. Com essa responsabilidade teríamos sem sombra de dúvida um trânsito mais humanizado, respeitando a razão de ser do planeta, o ser humana.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dicas de Segurança

Veja o video com a opiniao do Especialista Celso Mariano, dando dicas de...

Como dirigir com segurança

.Link

http://www.portaldotransito.com.br/noticias/como-dirigir-com-seguranca.html#comments

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O crescimento populacional das cidades contribui para aumentar a violência?

É fato que as cidades, principalmente as grandes capitais, estão inchando, a explosão demográfica crescente dos últimos anos é fruto da inércia do poder público que não proporciona políticas públicas alternativas para inibir o crescimento populacional. E quem paga caro por isso, é o contribuinte. Cresce a população, que na maioria é pobre, sem condições de prover o necessário para sobreviver, nesse contexto, a violência surge como a válvula de escape, onde alguns enveredam a procura de ganhar dinheiro fácil.


As cidades vão crescendo pelas extremidades, onde chamamos de periferia. É comum caminhar na periferia e se deparar com uma mãe solteira, desempregada, com quatro, cinco e até seis filhos pequenos, com idades aproximadas, que consegue viver com a ajuda minguada que recebe de amigos e/ou familiares. Esse é o retrato da maioria das famílias que estão vivendo em condições sub humanas e que para essas famílias o poder público virou as costas. Essas crianças precisam de uma boa educação, saúde, segurança, lazer, alimentação, moradia, para que possam desenvolver a parte física, espiritual, intelectual e psicológica de forma plena, se tornado bons profissionais que irão contribuir com o futuro da nação. As famílias não precisam dos programas miseráveis que o governo oferece, com quantidades ínfimas de recursos que não suprem de forma alguma as necessidades básicas que a família precisa, pelo contrário, tais programas criam uma falsa resolução do problema social que vivem essas famílias, afundando-as ainda mais na pobreza.


As pessoas devem entender que a criança tem o direito a uma vida digna ao lado de seus pais para um bom desenvolvimento do caráter e da personalidade dessa criança.

9-9-9

Que dia interessante esse, para quem gosta das revelações que os números oferecem, é um bom dia. Particulamente não acredito nessas coisas, mas há quem acredite, eu respeito.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Morte no Trânsito: fatalidade ou desrespeito as leis de trânsito?




Fui motivado a escrever algo sobre o assunto depois de assistir e vê algumas fotos na internet, inclusive a que está acima, de um acidente de trânsito que aconteceu nesse final de semana aqui na minha cidade. Como sou Instrutor de Trânsito e examinador de trânsito tenho uma visão ampla do processo de habilitação para o futuro motorista, pois, passei por todas as etapas, observando de perto cada uma delas. fiquei chocado com o que vi desse acidente especifico, que também não difere muita coisa dos demais. No Brasil mais de 40.000 pessoas perdem a vida anualmente em acidentes de trânsito, porém acredita-se que estes números são maiores pois as estatísticas são falhas. Além das falhas, podemos destacar também que somente as vítimas que morrem no local do acidente é que são computadas como morte no trânsito. Aqui no Acre, segundo o Detran/Ac morreram 72 pessoas no trânsito acreano em 2009, até agora(agosto/2009). É muita gente. Quando ocorre um acidente o comentário mais feito por populares, pela imprensa - alguns jornalistas - , entre outras pessoas, é aquele que diz que o "acidente foi uma fatalidade" será mesmo? Analisando o conceito de direção defensiva podemos refletir melhor sobre o assunto. "Direção Defensiva é dirigir de modo e evitar acidente apesar das ações incorretas dos outros usuários da via" (manual de trânsito). Vejam que nessa definição simples temos o elemento evitar o acidente, logo, observa-se que o acidente é evitável. Portanto, Acidente não acontece por acaso, por obra do destino ou por azar. Todo Acidente de Trânsito poderia e deveria ser evitado, ele só ocorreu porque deixou de ser respeitada alguma ou várias das normas de trânsito elencadas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Nós como Instrutores de Trânsito, como formadores dos futuros motoristas, apesar que alguns já chegam na auto escola sabendo guiar o carro, o que é errado, somos responsável direto pela formação dos nossos alunos. Temos nossa parcela de responsabilidade, porém, não é a única.
A responsabilidade é de todos nós, sejamos motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas, qualquer um tem a responsabilidade e o dever de zelar por um trânsito seguro. Não podemos esperar que o poder público faça tudo para que essa guerra acabe, nós devemos nos municiar e colocar um ponto final nessa guerra, que a cada dia tem invadido os noticiários e se colocado como algo normal, imprevisível, morreu porque tinha que morrer, coisas do tipo, crendices arcaicas que não passam de falsas idéias e demonstram o despreparo técnico de algumas pessoas ao comentarem tais fatos.
Vamos vencer essa guerra quando o Poder Público acordar e tomar para si sua responsabilidade e liderar um grande movimento que unirá a sociedade civil organizada, e todas as entidades relacionadas ao trânsito (associações, sindicatos, Instrutores de Trânsito, Examinadores de Trânsito, Autoescolas,Detran, Rbtran, Ciatran, etc.) com um único objetivo, POR UM TRÂNSITO SEGURO, para toda nossa sociedade, conforme reza no art. 1º § 2º do CTB "O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito".
Charles Brasil
Instrutor e Examinador de Trânsito

Bate Papo - Por um Trânsito Seguro